Resumo 18.01 Teóloga Cleonisse Russo (manhã)


A mulher samaritana
Jo 4
A mulher samaritana era anônima. Ser mulher, naquela época, significava ser inferior ao homem, não ser digna de ser ouvida. Em público, o marido nunca falava com sua esposa. Ela sempre andava atrás dele e nunca saía na rua sozinha por ser culturalmente mal visto. Os “homens de bem” nunca falavam com mulheres estranhas. Compreendendo o contexto histórico da narração, percebe-se melhor a atitude revolucionária de Jesus ao iniciar uma conversa com a samaritana.
Para piorar a situação, existia a antiga animosidade entre judeus e samaritanos, sem contar a questão do divórcio. O casamento era feito através de um contrato entre os pais e o marido. A mulher não tinha direito de escolha e representava uma despesa, por isso os pais pagavam ao noivo um “dote”. Caso ele quisesse se separar tempos depois, havia duas opções: dar uma carta de divórcio e devolvê-la aos pais junto com o dote ou repudiá-la, rebaixando-a a escrava. Entende-se, assim, que a samaritana foi rejeitada, humilhada e ofendida inúmeras vezes. Ela carregava vergonha, traumas existenciais e sérios problemas de relacionamento interpessoais. O seu caminho para o poço era de solidão.    
Jesus começa pedindo água, mas foi além: Ele deu ouvidos àquela mulher menosprezada. Jesus amou a justiça e aborreceu a iniquidade. Desenvolver a arte de ouvir e cuidar uns dos outros é um dever cristão.  
É interessante destacar que ela não se preocupou em pedir mudanças nas circunstâncias da sua vida, mas quis saber sobre onde era o lugar de adorar. Não estava buscando o que Deus podia fazer por ela e sim em onde encontrá-Lo.  Finalmente, correu para a cidade que a rejeitou e confessou seus pecados, antes de perguntar: Será que Ele é o Cristo?

Comente com o Facebook: